Cristo, Jesus, Messias, Salvador. Todos estes nomes pertencem à mesma pessoa. Ninguém ousa protestar contra o fato de que o nome do Filho de Deus tem diferentes formas, em diferentes países: Gesù, Jesu, Íosa, Иисус, Ježíš, Jesus...
“Se muitos inimigos da fé hoje nada mais querem saber de uma divindade, tudo isso não consegue alterar em nada os fatos que expus. Basta que essas pessoas suprimam a palavra “Deus” e se aprofundem seriamente na ciência, virão a encontrar então exatamente o mesmo, só que expresso em outras palavras.”
“Quer digas: Submeto-me voluntariamente às leis existentes da natureza, porque é para o meu bem, ou quer digas: Submeto-me à vontade de Deus, que se revela nas leis da natureza ou à força inconcebível que impulsiona as leis da natureza... há alguma diferença em seu efeito?”
(Mensagem do Graal de Abdrushin, Dissertação Nº 3: Silêncio)
Se não existe problema em utilizar um destes nomes para indicar o Filho de Deus ou mesmo o nome Altíssimo, por que as pessoas são tão críticas em relação à pequena letra “c” no nome Abdruschin?
Algumas pessoas acreditam que o nome Abdruschin, conforme fora escrito na Mensagem do Graal, deva ser assim estritamente mantido, e igualmente nas dissertações que vieram posteriormente, quando Oskar Ernst Bernhardt começou a usar o pseudônimo Abd-ru-shin, também deve ser estritamente usado o nome Abd-ru-shin – exatamente como outrora. Mas alguém sabe dizer por que estes nomes foram usados em diversas vezes, desta ou de outra forma?
O nome Abd-ru-shin não é de origem Árabe, como freqüentemente reivindicam alguns – os Árabes nem sequer sabem traduzi-lo. Este nome foi dado por Ismael, sob as ordens de Deus, no Império dos Ismanos. O autor da Mensagem do Graal de fato modificou a forma original do nome Abd-ru-shin para o nome Abdruschin por causa de sua nacionalidade Alemã, que usa as letras “sch” ao invés de “sh”. Afinal, a Alemanha foi a nação escolhida – por que então não utilizar a forma do nome adaptada à pronúncia do idioma alemão? Igualmente, os hífens foram removidos porque não são utilizados habitualmente em nomes Europeus. E quando a vocação da nação Germânica foi retirada, por que então o nome não deveria ser readaptado, devido às novas circunstâncias? Porque o que importa é somente o significado da palavra ou nome “ao qual” ou “a quem” o nome se refere, e não a coisas mínimas usadas na palavra. A forma não possui nenhum sentido por si só, além de carregar o conteúdo.
Há muito tempo atrás, foi fundada uma Ordem de monges pobres. Em seu regulamento estava escrito, dentre outras coisas, que os monges deveriam usar roupas modestas feitas de lã de carneiro. Esta regra foi seguida por séculos, até que um dia surgiu uma dúvida entre os monges: “Por que devemos usar o hábito feito com lã de carneiro? Não podemos vestir alguma outra roupa? É muito caro...”
Quando as dúvidas dos monges chegaram ao conhecimento do Monge mais veterano da Ordem, horrorizado pelos comentários que faziam das regras, aprovadas há séculos, ele disse resolutamente: “Nada pode ser ajustado. Tudo deve permanecer como está. Ou vocês julgam-se superiores àquele que assim o determinou? O Fundador de nossa Ordem decidiu esta regra em sua sabedoria, à qual sempre buscamos, e que manteve nossa Ordem por séculos. Devemos seguir tudo estritamente como ele decidiu.”
Mas a afirmação do velho monge não foi suficiente e mais monges começaram a duvidar do regulamento. Mas aqueles que não se contentam com a fé cega e não temem, encontrarão a verdade. Finalmente, os monges descobriram que na província de onde viera o fundador da Ordem naquele tempo criavam-se muitos carneiros e, portanto as roupas feitas de lã de carneiros eram mais baratas.
Os monges que possuíam um melhor entendimento do regulamento da Ordem também receberam conhecimento de que seguir literalmente coisas sobre as quais os homens não entendem podem conduzi-los a erros.
Se alguém quiser reivindicar que o nome Abdruschin deve ser usado porque esta foi a vontade do autor da Mensagem do Graal, devemos também nos questionar se esta foi sua última vontade. Referindo-nos ao período desde 1937, observaremos que ele parou completamente de usar o pseudônimo Abdruschin em sua forma germânica e retornou à forma original do nome Abdrushin, a qual ele também usava como assinatura.
Portanto, quando nos referimos ao desejo de Abdrushin, com efeito, o nome nesta forma deve ter sido sua última vontade. Afinal, assim também o é em assuntos terrenais. Se alguém escreve um testamento, de onde trata de toda sua vida, mas ao final de sua vida ele o altera, para todos os efeitos permanecerá somente sua última vontade, como se a decisão anterior nunca tivesse existido. O mesmo acontece no campo espiritual: se o homem vem fazendo algo errado durante toda sua vida, mas transforma-se ao reconhecer suas atitudes erradas, é isso então que permanece.
Oskar Ernst Bernhardt começou a usar o pseudônimo Abdruschin na época em que começou a publicar a revista Gralsblätter (Folhetos do Graal), na Alemanha entre 1923 e 1930. Também utilizou o mesmo pseudônimo Abdruschin na revista Der Ruf (O Chamado), entre os anos de 1927 e 1929.
Na revista Die Stimme (A Voz), publicada em 1937, ele não usou o nome Abdruschin sequer uma vez, mas somente a versão do nome sem a letra “c”. Devido ao fato de que esta revista foi escrita em Alemão e para leitores alemães, similarmente aos outros textos, os quais Oskar Ernst Bernhardt assinou com o nome Abdrushin, fica claro que a mudança do nome foi por causa da nação alemã.
Mudança similar pode ser observada na edição de biblioteca das dissertações. Enquanto somente o nome Abdruschin é usado na Mensagem do Graal, nas dissertações das Ressonâncias para a Mensagem do Graal I é também usado o nome Abdrushin, sem o “c” e sem os hífens:
“Nisso reside o Juízo: eles próprios não são mais capazes de acolher a última graça de Deus! E todos os seres humanos indolentes de espírito, considerados no Juízo como imprestáveis, perguntarão:
“Como pode Abdrushin – Imanuel provar que ele é o Filho do Homem?””
(Dissertação Nº 56: E quando a humanidade perguntar...)
“Visto que a Criação posterior fora obscurecida pelos seres humanos, que se desenvolviam vagarosamente, e pela respectiva queda, decorrente do cultivo unilateral do raciocínio, era necessário intervir. A fim de tornar a endireitar auxiliadoramente tudo quanto a humanidade deformou erroneamente, Parsival foi ligado com a matéria grosseira em Abdrushin. Abdrushin foi, portanto, Parsival e, por isso, também Imanuel, devido à ligação da irradiação imediata conduzida mais além, e cuja execução custou grandes preparativos e esforços. Com a sua permanência na Terra pôde ser conferida novamente à Criação posterior correspondente força da Luz, para esclarecimento, fortalecimento e auxílio a todo o espiritual e, através deste, para toda a Criação posterior.”
“A Terra ficou sendo, por conseguinte, o último baluarte da Luz em terreno inimigo. Por isso se encontra ancorado aqui também o ponto final da Luz. Quanto mais esticada ficar dia a dia a linha direta da trindade da atuação da Luz: Imanuel – Parsival – Abdrushin, tanto mais perceptível e visível se tornará o efeito da força da vontade divina, a qual estabelece a ordem e endireita novamente à força tudo o que a humanidade entortou, isto é, até onde se deixar endireitar. Aquilo que não se deixar endireitar, terá de quebrar. A força da Luz jamais admite um meio termo.
Somente na tensão direta dessa linha da Luz o mundo estremecerá com a força divina, e a humanidade reconhecerá então Imanuel em Abdrushin!”
(Dissertação Nº 57: Faça-se a Luz!)
Abdrushin pediu que as pessoas prestassem atenção somente em sua obra “Na Luz da Verdade”, e não na sua pessoa. Ou queremos cometer o mesmo erro novamente, do qual já havíamos sido alertados anteriormente, e ao invés de olhar para a Verdade, ficamos nos importando em construir um culto à personalidade do portador da Verdade? Pois somente quando respeitamos a Verdade, é que também respeitamos seu portador. Então por que é tão importante para algumas pessoas se o nome Abdruschin escrito no livro é com ou sem a letra “c”? Isto muda em algum mínimo detalhe a Verdade dessa obra?
Além disso, todas estas três versões do nome foram usadas pelo próprio Abdrushin. Então, por que importar-se com a letra “c” ou hífens em seu nome? É tão importante assim? Não seria na verdade uma perda de tempo e energia, os quais poderíamos e teríamos que usar mais efetivamente? Porque quem de nós pode afirmar viver completamente em acordo com a Palavra da Verdade? Ou você acha que usando a letra “c” ou hífens vai ajudá-lo a entender melhor a Verdade, ou a tornar-se um ser humano melhor?
As palavras de Abdrushin em respostas às perguntas, publicada na revista Gralsblätter Nº 3, 4, 5, série II, página 87:
Pergunta: Por que o autor escolhe o nome “Abdruschin”?
Resposta: Com o direito de escritor, assim como outros escolhem qualquer nome como pseudônimo. O que é um nome? Nada! Também neste caso não deve ser mais do que isso. Abdruschin não significa algo especial, senão um simples pseudônimo. —